sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Saudade

(Margarida (madrinha), Gilvan(padrinho), Mainha e painho) 1992 - 15 Giselle 
         
Saudade

Gilvan Nunes, cadê o barco
Belotas ou Vilabela
Do mar nunca fique farto
Pois não há coisa mais bela

És um grande comandante
Apesar de ser torpedo
Sabes ser um navegante
Entras no mar sem ter medo

Grande amigo, meu irmão
Vamos passear de lancha
De veleiro, por que não?
Navegar na maré mansa

Dar a volta a ilha
descansar a mente
Conversando ou em silêncio
observar a natureza
Dar uma paradinha no bar
D'Olivio novamente
Comer camarão e sirí
Tomar geladinha uma cerveja.

Saudade, quanta saudade!
Do amigo e de Itamaracá
Espero com ansiedade
O dia de voltar lá.

                                                            (João Bosco Gomes)


Poesia feita pelo meu pai para seu grande amigo (meu padrinho) Gilvan Nunes; que já deixava saudades em nossos corações muito antes de partir. O tão pouco que pudi viver próxima ao meu padrinho foi o bastante para ter certeza de que ele era uma pessoa maravilhosa, um pai maravilhoso, um esposo maravilhoso, um amigo maravilhoso e para mim sem duvida alguma...um padrinho maravilhoso. Ele apenas mudou de endereço... mas sempre estará em nossos corações.
                                                                              
                                        (Gabriella B. Gomes)


Para sempre Gilvan Nunes!

                                            
*20.12.1935    -    +24.02.2011

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Até quando?


Até quando?

Tentando decifrar com algumas palavras a dor que a solidão muitas vezes me causa...Acho que estou ficando velha... paucas coisas me alegram, mas nem todas me convem. Muita coisa mudou e ainda vai mudar; assim como esse apartamento já foi cheio de alegria, amigos, família hoje está tão só...tão vazio...sem riso...sem vida... isso está ficando contagioso; já não é só o apartamento que está vazio... O que é isso??? Que vontade é essa que não passa; de querer está sempre chorando??? como se as lagrimas não paracem de serem produsidas em meus olhos...já não sei como estanca-las, já n sei como desfarçar que o aperto no peito é grande e a dor só aumenta... E essa sede de um abraço; um abraço eterno, pra enganar um pouco o medo e a solidão que a vida tanto me atormenta... Meus risos já não são mais os mesmos. Meu coração já não bate como ante. Não tenho mais pique para festas. Não tenho mais pique para mim mesma... até quando isso? Até quando? ... Fui bem alí tentar esvaziar um pouco os olhos encharcados de lágrimas e abraçar meu travesseiro como se ele fosse capaz de fazer-me esquecer algumas dores...

                     (Gabriella B. Gomes)